terça-feira, 31 de julho de 2007

quinta-feira, 19 de julho de 2007

terça-feira, 17 de julho de 2007

Barcelona

http://www.catalonia.com.br/catalunha_simbolos_lingua_catala.asp
origem do catalão
"Antes da chegada dos romanos, os povos que habitavam as terras que hoje formam a Catalunha falavam suas próprias línguas, mas pouco a pouco foram substituindo-a pelo latim. Os habitantes daquela região. Os habitantes daquela região sentiram-se atraídos pela nova organização imposta pelo exército romano e começaram a imitar todas as peculiaridades daquela nova cultura, entre as quais cabe destacar a língua latina que aprenderam através do contato diário e direto com os comerciantes, soldados e funcionários que falavam um latim muito rústico.(...)"

http://www.filologia.org.br/revista/artigo/2(5)9-20.html

"O catalão é uma língua românica independente, com características dos romances do território francês, principalmente do provençal, e dos romances ibéricos. É considerado uma ponte entre estes dois grupos de romances.
É a língua nativa de três comunidades autônomas do Estado Espanhol (Catalunha, Valência e Baleares), do Principado de Andorra, do Departamento do Rossilhão, no Sul da França e da localidade de Alguero, na Sardenha.
Calcula-se que existam cerca de seis milhões de falantes do catalão.
O domínio do catalão divide-se em duas grandes áreas dialetais (oriental e ocidental), que compreendem outros dialetos e subdialetos. O principal centro irradiador do catalão é a cidade de Barcelona. Atualmente intensifica-se o uso do catalão devido à autonomia que obtiveram as antigas regiões históricas no Estado espanhol. O catalão também deu sua contribuição ao léxico do português."


sagrada família


casa batló detalhe


casa batló


bairro gótico


montjuic águas dançantes


parc guel

granada- romã

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Granada: "no passa nada!"










alhambra














Alhambra
Jorge Luis Borges

Grata la voz del agua
a quien abrumaron negras arenas,
grato a la mano cóncava
el mármol circular de la columna,
gratos los finos laberintos del agua
entre los limoneros,
grata la música del zéjel,
grato el amor y grata la plegaria
dirigida a un Dios que está solo,
grato el jazmín.

Vano el alfanje
ante las largas lanzas de los muchos,
vano ser el mejor.
Grato sentir o presentir, rey doliente,
que tus dulzuras son adioses,
que te será negada la llave,
que la cruz del infiel borrará la luna,
que la tarde que miras es la última.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Córdoba: "se te duele te queda en casa!"

Chegamos em Córdoba, uma cidade que tem uma história de mais 2.000 anos, que lá nos idos do começo do milênio passado dividia com Cairo e Bagdá o posto de cidade mais importante da civilização. É mole ou quer mais? Fomos almoçar em um restaurante que era indicação de um brasileiro (Juan) que conhecemos na estação de de trem de córdoba. Paramos numa adega que também era especializada em azeite de oliva. Não esse trem que tem no mercado não. AZEITE DE OLIVA! De todos os tipos! Uma loucura. Eu que não era muito fã de azeite, pirei total. Então imagine a Áurea!



Dia 11:
A mãe travou e ficou descansando no hotel para resolver as costas. eu e a Áurea




medina




mezquita


mezquita por fora








A CÓRDOBA
Luis de Gongora

¡Oh excelso muro, oh torres coronadas
De honor, de majestad, de gallardía!
¡Oh gran río, gran rey de Andalucía,
De arenas nobles, ya que no doradas!

¡Oh fértil llano, oh sierras levantadas,
Que privilegia el cielo y dora el día!
¡Oh siempre glorïosa patria mía,
Tanto por plumas cuanto por espadas!

Si entre aquellas rüinas y despojos
Que enriquece Genil y Dauro baña
Tu memoria no fue alimento mío,

Nunca merezcan mis ausentes ojos
Ver tu muro, tus torres y tu río,
Tu llano y sierra, ¡oh patria, oh flor de España!

domingo, 8 de julho de 2007

Sevilha: Tomando horchata de chufa na Atocha.

Dia 08:

Acordamos cedo, fomos para o Museu Reina Sofia. Miró, Dali, Picasso...GUERNICA!


Guernica


Impressionante este quadro. Fomos para a Atocha, estação de trem. Na frente tinha o rei dos calamares (lula) e experimentei uma bebida que até agora não faço idéia do que seja: Horchata! Quando perguntei que diacho era aquilo o espanhol me respondeu frio e seco: “é de chufa!!. Ahhhhhhh.... claro. Tive que esperar chegar no Brasil para descobrir o que era aquele negócio esquisito mas bom. O trem era rápido mesmo. A viagem até Sevilha era igualzinha Ctba X Sampa, mas ela só durou duas horas.


Estación da Atocha

A mãe, desde o Reina Sofia estava reclamando de uma dor nas costas tipo ciático... O estranho que com os exercícios para ciático ela parecia estar piorando. Sevilha era uma Cuiabá ibérica: 45graus! Corremos numa “casa china” e fizemos a festa: blusa, calça, cortador de unha, chinelo... Tudo o que a gente tinha direito. Ah, e finalmente presenciamos a tal da SIESTA! As lojas fechando na hora do almoço e reabrindo as 3 da tarde! Um sarro... Fomos para a praça principal (começamos a ver que a grosseria do espanhol não tem limite. A Aurinha foi pedir informação para um bigodudo no ônibus e o cara fingiu que simplesmente não era com ele!), que tem o real alcazar, a “dona” Giralda e o parque Maria Luíza. Nesse fomos de charrete...


Plaza da Espanha


Catedral de sevilla: Giralda

Em sevilla tem a torre del oro, que era o lugar em que os navegantes guardavam o ouro recolhido... NAS AMÉRICAS! Ahááá´! Descobri onde que eles guardavam a sacanagem toda!


Torre del Oro

Fomos comer (paella de novo) mas a mãe travou de vez. Chamamos um táxi e corremos pro hotel. O taxista malandro se fez de sonso e cobrou duas vezes a corrida... Eu fui pra uma farmácia comprar um analgésico que no final das contas não serviu pra nada.

Dia 09:

Aurinha ligou pra Aerolíneas e aí eles não sabiam mais nada da mala. A mãe travou de vez. Levamos café na cama pra ela, Aurinha levou no pronto socorro. Na real ela nem examinou a mãe direito, mas deu uma baita de uma injeção que melhorou as dores. Tive cólica e fiquei dormindo no hotel. Descobrimos um esquema de menu fixo (menu do dia) e pegamos o busão mágico de Sevilha. Descemos em Triana, um bairro lindo cheio de becos malucos como”a calle das inquisiciones”... Fomos num bar chamado carbonaria, vimos uma apresentação de flamenco.

Dia 10:

Nos empapuçamos, fomos no real alcazar, o nosso ouro que não ficou na torre Del oro foi pra lá. Foi lá que o rei da Espanha casou com a rainha de Portugal, e todo aquele rolo, tratado de Tordesilhas, companhias das índias, descobrimento do Brasil... sabe essa baboseira. Então. Foi tudo decidido lá.




Real Alcazar


Real Alcazar por dentro



Entramos na Giralda, o colombo tá enterrado lá. Tomamos um sorvetinho bacana, mas quase perdemos o trem. Conhecemos uma brasileira que nos fez desistir de investir em Málaga.



Retrato de Andaluzia

Estatura pequena e nítida
das cidades de onde ela era:
daquele justo para o abraço
que é de Cádiz, onde nascera,
e de Sevilha, onde vivia
e se dizia, mas não era:
cidades que ainda se podem
abraçar de uma vez, completas,
e que dão certo estar-se dentro,
àquele que as habita ou versa,
a entrega inteira, feminina,
e sensual ou sexual, de sesta.

João Cabral de Mello Neto
(Museu de Tudo, 1966/1974)

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Madrid: de barajas à rebajas...

Dia 05:

Chegamos em Madrid no início da noite. O horário lá é de 5 horas a mais comparado com o daqui. Fomos buscar nossas bagagens e levamos um chá de cadeira. As nossas e de alguns passageiros simplesmente não tinham chego. Quando fomos reclamar, além de nos deparar com centenas de malas largadas no aeroporto (inclusive uma delas cheirava a bicho morto), nos deparamos com essa, as Aerolíneas Argentinas tinha DEIXADO a nossa mala em Buenos Aires. BUENAS!
Fomos para o hotel, com a certeza que as nossas coisas chegariam no próximo vô (marcado para o dia seguinte). Aproveitando Madrid, de mapa em punho fomos conhecer a Gran Via, Puerto Del Sol e a Plaza Mayor.


Gran Via


Plaza Mayor

O Hotel Mayorazgo era super central, o que facilitou muito a nossa vida. Na Plaza Mayor já caímos no primeiro conto do turista. As lojas já fechavam quando resolvemos aproveitar um restaurante que estivesse aberto. Pedimos uma sangria e Jamón.

Pagando 33 Euros e super esfomeadas aprendemos rápido que lá na Espanha não importa muito se o lugar do lado é mais barato, afinal lá é lá. Encontramos um lugar que vendia um falafel maravilhoso chamado MAOZ e resolvemos a fome.

Numa farmácia comprei uma escova de dente. Queríamos comprar calcinha. E pedindo no caixa, a atendente meio sem entender (ainda mais porque falávamos baixinho), de repente disparou super alto na farmácia cheia: aaaaaah CAOCINA!!!! Depois de termos ficado vermelhas veio a moça feliz e sorridente com uma caixa da tal da CAOCINA, um remédio a base de cálcio. E não pensem que existe calcinha nestes dicionários de viagem. Pois é deveria. Mas foi de outras maneiras que fui descobrir dias depois que o correto era “roupa interior”.




Dia 06:
Fomos na Zara, no corte inglês, na Sphera... o calor bateu forte e não ia ter como ficar com as roupas da viagem à espera da bagagem. Almoçamos no museu do jamón e fomos passear com o ônibus turístico de Madrid apelidado pela gente de “busão mágico”, por passar em todos os pontos turísticos e sem a gente precisar fazer muito esforço!

Busão Mágico

Madrid é incrivelmente impressionante. Chega ao cúmulo de ter um monumento egípcio no meio de uma praça.


Templo Debod



A Aurinha teve muita gripe. Fomos jantar Paella. Ainda não tínhamos aproveitado nem conferido que lá no verão anoitece as 22:00 horas!



Dia 07:

Acordamos e resolvemos ir até o aeroporto. Em vez de esperar notícias da mala resolvemos ir até lá, na esperança de dar de cara com elas. Na realidade o vôo Brasil x Madrid tinha sido cancelado e então era esperar mais ainda! Até porque no dia seguinte seguíamos viagem, com ou sem mala. Fomos na Plaza da Espanha que tem os personagens do Dom Quixote. Fomos numa agência de turismo e fechamos as datas para as outras cidades! Entrando numa loja eu ouço “Estrela?”. Sim Curitiba é um ovo até em Madrid, encontrei a Giuliana, conhecida de tempos. Mundo pequeno.

Fomos ao Palácio Real e tomamos uma sangria olhando Madrid...


Palácio Real


Lá tinha um cara tocando TAÇAS! Em toda a Madrid tinham músicos de todos os níveis e estilo tirando o seu troquinho. Mas esse cara era IMPRESSIONANTE! Ele tocava todas as notas do acorde, como num piano mas era copo... Só vendo pra crer!


"Em Madrid numa praça de corridas
Vi o toureiro confrontar-se à morte,
Vida e morte se medindo, se ajustando
Na condensada lâmina que divide
O homem do animal:
Neste rito de extrema precisão
Vida e morte afrontadas se equilibram
Page 7
Ante o olho enxuto do toureiro
E o gesto e palavra (cúmplices) do público.
Que a morte para o espanhol inda é hombridade."

Murilo Mendes






Se acostuma logo, porque é assim:

esquisito- gostoso
te extraño- gosto de você
un rato por favor- um momento por favor
vaso- copo
antojo - desejo
embarazada- grávida
peluqueria- cabelelereiro
rojo- vermelho
borracha- bêbada
granada- romã

terça-feira, 3 de julho de 2007

Yo no soy una ballena, yo estoy embarazada...

Dia 03:



Nossa viagem começou com a BRA ligando para a mãe dias antes do embarque INFORMANDO que nosso vôo tinha tido uma alteraçãozinha, de DIAS! Seria no dia 02. Sendo que já tínhamos vôo pra sampa no dia 03. Ok, tudo resolvido. Vôo transferido para Aerolíneas Argentinas. E fim de papo. Ou melhor, o começo dele.
Tentando fazer tudo corretamente, logo de saída fui me apresentando no guichê da BRA. Me declarei gestante e já fui apresentando o meu atestado. Eis que a funcionária me sai com essa: “mas aqui não diz que você está apta a voar”. Enfim, achei que parecia uma baleia e não um passarinho com esse barrigão. Mas tive que me conformar e tomar o rumo de volta pra casa. A Aurinha também não quis embarcar, como boa hermana, ecompramos a passagem lá mesmo no aeroporto e corri para a ginecologista com o meu atestado que mais parecia um decreto da anac.


Dia 04:


No dia seguinte, logo na decolagem vi toda a Ilha do Cardoso e a Ilha Comprida. Adoro ver esses mapas “ao vivo”. Nos encontramos com a mãe lá em Guarulhos, matamos um tempo no Duty Free e levamos as três horas de atraso numa ótima. Chegamos em Buenos Aires e a moça informou devíamos embarcar diretamente e por isso não devíamos nos preocupar com as bagagens. Comi um alfajor maravilhoso por ordem do Leon e esperamos o nosso Aerolíneas Argentinas no maior bom humor.
No avião achávamos que tínhamos tirado a sorte grande, os nossos bancos tinham espaço enorme para esticar as pernas... mal sabia eu que os outros passageiros aproveitaram fileiras de banco para deitar. E mais, atrás de mim ficaram dois guris completamente sem limite que quando acordados tinham como passatempo chutar o meu banco.